Vocês já devem ter notado que alguns casos midiáticos atuais trouxeram à tona as questões envoltas ao #Narcicismo.
Mas vocês sabem realmente o porquê o convívio (ou término) com pessoas perversas e narcisistas precisam de acompanhamento terapêutico?
Antes de abordarmos o tema é importante lembrar que o #TPN (transtorno de personalidade narcisista) atinge cerca de 2% a 6% da população mundial, em diferentes níveis de complexidade e severidade, e que – de modo geral – todas as pessoas podem manifestar seus próprios traços de caráter narcisistas – ou seja – manter condutas narcísicas, em algum grau, diante de determinados fatos da vida, mas, diferente daqueles que apenas carregam os traços de caráter, narcisistas severos podem não sustentar a capacidade efetiva da autorresponsabilidade, reconhecimento de erros e desejo de regulação das ações e relações com o entorno.
O transtorno de caráter #narcisista é uma forma de existir no mundo que pode trazer danos contínuos e exacerbados às relações construídas, mas, não é uma doença! Culpabilizar outra pessoa por ser como é não será o caminho mais adequado à #autorregulação e à própria #consciência.
Lembre-se: narcisistas não são “vilões” e existe realmente uma dificuldade interna de se reconhecer desta forma. Assim, esta própria dificuldade de pessoas que estejam dentro do #transtorno – em se reconhecerem diante da problemática – dificulta, ainda mais, o acesso às #terapias que podem realmente trazer uma manutenção mais equilibrada à própria vida.
A #psicóloga Márcia Montenegro pontua… “em todos os relacionamentos sempre existirá uma dinâmica em que uma pessoa dá manutenção para a existência do comportamento do outro. Quando nos relacionamos com pessoas com traços narcisistas estamos de fato atraindo essas pessoas correspondentes às características emocionais internas que precisam ser revistas em nós. Quando sabemos quem somos compreendemos melhor o porquê nos conectamos com determinados tipos de perfis”.
Sair deste fundo de mar interno é retirar a máscara vitimista sobre a situação e procurar auxílio psicológico adequado, além da intervenção de uma rede de apoio coerente e segura. E em suma, ambos os lados precisarão de informação responsável, apoio terapêutico de qualidade e autoconsciência, para restabelecer a química cerebral e a capacidade relacional com a vida.
Escrito por: Tábata Corso