AIDS: Sintomas, Tratamento e Prevenção

  • 1 de dezembro de 2022

​O dia 1º de dezembro foi instituído em 1987 como o “Dia Mundial de Luta Contra a Aids”, com apoio da Organização das Nações Unidas (ONU). 

A data tem o objetivo de sensibilizar, celebrar a memória dos que morreram em decorrência da doença e comemorar vitórias como o acesso a serviços de tratamento e prevenção disponíveis.

Por isso, separamos neste artigo as principais informações sobre a doença. Confira.

O QUE É AIDS (HIV):

A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) é causada pelo vírus da Imunodeficiência Humana (HIV). 

O HIV é um vírus que se instala no corpo humano de tal forma que ele não consegue se livrar, obrigando a pessoa a conviver para sempre com ele.

TRANSMISSÃO:

Para haver a transmissão, o líquido contaminado (sangue, sêmen, fluidos vaginais ou leite materno) de uma pessoa tem que penetrar no organismo de outra. 

Portanto, a transmissão pode ocorrer através de relação sexual, ao se compartilhar seringas, em acidentes com agulhas e objetos cortantes infectados, na transfusão de sangue contaminado, na transmissão vertical da mãe infectada para o feto durante a gestação, no trabalho de parto e durante a amamentação.

PREVENÇÃO:

Para evitar a transmissão da AIDS, recomenda-se o uso de preservativo durante as relações sexuais, a utilização de seringas e agulhas descartáveis e o uso de luvas para manipular feridas e líquidos corporais, bem como testar previamente sangue e hemoderivados para transfusão. 

Além disso, as mães infectadas pelo vírus HIV devem usar antirretrovirais durante a gestação para prevenir a transmissão vertical e também devem evitar amamentar seus filhos.

SINTOMAS:

Muitas pessoas que estão infectadas com o HIV não têm nenhum sintoma durante 10 anos ou mais, por essa razão, a única forma de saber se a pessoa está infectada com o vírus é por meio do teste e, caso a pessoa tenha sido exposta a uma situação de risco é recomendado solicitá-lo. 

Os principais sintomas são: Febre, aparecimento de gânglios, crescimento do baço e do fígado, alterações elétricas do coração e/ou inflamação das meninges nos casos graves. 

Na fase aguda, os sintomas duram de três a oito semanas. 

Na crônica, os sintomas estão relacionados a distúrbios no coração e/ou no esôfago e no intestino. 

TRATAMENTO E CURA:

Não há cura, mas há tratamento!

O tratamento é realizado por meio da administração de medicamentos ao paciente, em sua maioria os antirretrovirais, aliados a outros medicamentos destinados a combater as coinfecções.

Eles agem inibindo a multiplicação do HIV no organismo, evitando então o enfraquecimento do sistema imunológico da pessoa infectada.

No Brasil, desde o ano de 1996, distribui-se gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) todos os medicamentos antirretrovirais e, desde 2013, garante tratamento para todas as pessoas vivendo com HIV, independente da carga viral.

DADOS SOBRE HIV/AIDS NO BRASIL:

No Brasil, a cada hora, ao menos cinco pessoas foram infectadas pelo HIV em 2021. Segundo estimativa da ONU, ao longo do ano passado o Brasil teve 50 mil novos casos, o que fez o país chegar à marca de 960 mil pessoas vivendo com HIV. 

A AIDS hoje afeta desproporcionalmente pessoas negras, homens que fazem sexo com homens, usuários de drogas e mulheres trans, como mostra o relatório anual do Unaids. Ou seja, qualquer pessoa pode se infectar, mas o HIV impacta de maneira desproporcional certos grupos sociais, num cálculo atravessado por desigualdades e vulnerabilidades sociais.

Em 2021, foram 650 mil mortos em decorrência da aids no mundo, 13 mil deles no Brasil. No Brasil, 694 mil pessoas estão em tratamento contra o HIV. No ano passado, 45 mil novos pacientes iniciaram a chamada terapia antirretroviral. 

De acordo com o Ministério da Saúde, os números representam cobertura de 81% das pessoas diagnosticadas com HIV no país. Do total de pacientes em tratamento, 95% já não transmitem o vírus por via sexual por terem atingido carga viral suprimida.

Dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação, divulgados pelo Boletim Epidemiológico de HIV/Aids de 2021, mostram que, em 2020, foram notificados 29.917 casos de aids no Brasil contra 37.731 em 2019 – uma queda de 20,7%.

Segundo especialistas, ainda que se observe um arrefecimento, a situação preocupa, visto que os registros de óbitos pela doença continuam.

Por isso, é importante que não deixemos de tomar os devidos cuidados com a prevenção e realizar a testagem sempre que necessário.

Converse com seu médico para saber mais sobre como se cuidar.

Escrito por: Laiane Kadrisi